RALLY COCAMAR BAYER E SPRAYTEC DE PRODUTIVIDADE

SOJA

Cooperados falam em boa produtividade, mas não igual a do ano passado

Problemas trazidos pelo clima na safra 2017/18, até agora, devem resultar em uma colheita menor, segundo produtores

Depois do Safratec Cocamar 2018 – realizado nos dias 24 e 25 de janeiro em Floresta, região de Maringá -, começou a temporada de dias de campo na região da cooperativa.

Fazendo parte da agenda de eventos que avaliam a aplicação de tecnologias para a soja, aconteceu na tarde de quarta-feira (31), às margens da BR-369 em Arapongas, o dia de campo coordenado pelas unidades de Arapongas e Apucarana com a participação de várias empresas fornecedoras e que foi visitado pela equipe do Rally Cocamar Bayer e Spraytec de Produtividade.

Em sua terceira edição, o Rally acompanha o desenvolvimento da safra de soja 2017/18 da fase pré-plantio à colheita. O circuito conta com o patrocínio, também, da Ford (concessionárias Maringá e Londrina), Sancor Seguros e Unicampo, e o apoio do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb).

BOA SAFRA – Cerca de 200 produtores dos dois municípios compareceram ao evento e, em termos gerais, a expectativa de muitos deles é de uma boa produtividade no ciclo 2017/18, cuja colheita inicia neste mês. Mesmo com a cultura enfrentando problemas como falta de chuvas, precipitações em excesso, baixa temperatura e um longo período de céu encoberto – sem, portanto, a luminosidade necessária para o desenvolvimento normal da lavoura -, a soja tem apresentado recuperação.

COLHER MENOS – O produtor Pedro Cortinove, que cultiva 160 alqueires (cerca de 400 hectares) em Apucarana, diz estar na expectativa de conseguir uma média entre 150 e 160 sacas por alqueire, patamar que, se confirmado, ficará abaixo das 170 sacas colhidas na temporada anterior (2016/17). “No ano passado o clima foi muito melhor”, lembra Cortinove, explicando que por causa do longo período chuvoso e sem a luminosidade requerida pelas plantas – entre o final de dezembro e até a terceira semana de janeiro -, houve perda (abortamento) de vagens. A recuperação da soja pode ser explicada, segundo ele, por um conjunto de fatores, dentre os quais o investimento que faz no manejo do solo e na escolha de variedades que oferecem mais resposta. Como o produtor arrenda a maior parte das terras que cultiva, é preciso investir no aumento constante da produtividade, pois o custo, só com o arrendamento, é de 40 sacas por alqueire. O produtor conta que se vale de sua experiência e também do apoio de dois engenheiros agrônomos, seus filhos, que o orientam em relação às tecnologias que vão surgindo. Um deles, Pedro, trabalha na unidade local da Cocamar.

ANIMADO – “A soja reagiu bem”, anima-se o produtor Elton Corbaxo, de Arapongas. Em seus 100 alqueires (242 hectares), a previsão é chegar a 160 sacas de média, menos que as 170 alcançadas no último ano. A lavoura já está começando a amarelar e Corbaxo notou que a parte superior das plantas produziu menos vagens em comparação ao ano anterior. “No geral, a cultura está indo muito bem”, resume o produtor, que conta ter feito um teste aleatório, nos últimos dias, para verificar o nível de produtividade: arrancou uma planta, escolhida ao acaso, e fez a contagem das vagens, que totalizaram 146. “Fiquei contente”, diz Corbaxo, que é orientado pelo engenheiro agrônomo Daniel Prioli, da Cocamar/Arapongas. Segundo Prioli, o produtor tem feito adubação diferenciada (750kg na base) e testado diversas variedades.

CHUVA – Como a maior parte das lavouras da região se encontra em fase de granação, fase crítica em que a lavoura depende de água, os produtores participantes do evento lembram que não pode faltar chuva daqui para a frente. “Vamos ver se o clima nos ajuda um pouco agora”, afirma Luiz Carlos Rosa, de Arapongas. Ele cultiva 190 alqueires (460 hectares) e calcula que por causa dos problemas provocados pelo clima, neste ano, sua média deve ficar ao redor de 140 sacas por alqueire, número inferior ao obtido no ano passado, de 176 sacas.