Rally Cocamar Bayer e Spraytec – 1° viagem 2017/18

Produtores jovens e afinados com práticas sustentáveis

Nova geração demonstra consciência da importância de suas atitudes e ações para o futuro do agronegócio

A primeira viagem do Rally Cocamar Bayer e Spraytec de Produtividade, Safra 2017/18, aos municípios de Rolândia e Cambé, norte do Paraná, conheceu no dia 17 produtores jovens que estão trabalhando com foco na sustentabilidade dos negócios da família. A realização, cuja proposta é valorizar as boas práticas agrícolas na região da Cocamar, conta com o patrocínio das empresas Bayer, Spraytec, Ford (concessionárias de Maringá e Londrina), Sancor Seguros e o apoio do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) e Flamma Comunicação.

GERAÇÕES – Em Rolândia, aos 29 anos, Fernando José Lonardoni conduz uma propriedade ao lado do pai Luis Pio e do irmão Bruno, estudante de agronomia, onde produzem grãos. Como muitas outras, a família se estabeleceu há mais de meio século, naquele município, com os avós, para o cultivo de café.

COOPERATIVISTA – Integrante do Conselho de Administração da Cocamar, o pai procurou transmitir aos filhos, desde cedo, os valores da participação cooperativista. Formado em administração de empresas, Fernando já fez MBA em gestão de agronegócios e, por meio da Cocamar, o curso de capacitação de conselheiros cooperativistas. Ele participa do programa Liderança Jovem criado neste ano pela cooperativa. “Nós três fazemos de tudo na propriedade”, diz Fernando, assinalando que o objetivo é promover o aumento da produtividade das lavouras – soja, milho e trigo – de forma sustentável.

BRAQUIÁRIA – Nessa linha, há cinco anos eles adotaram o cultivo de capim braquiária em consórcio com o milho no inverno e são assistidos atualmente pelo agrônomo Ronaldo Ferreira Antunes, da Cocamar. Os resultados são visíveis, aponta Fernando. A braquiária inibe o desenvolvimento de ervas daninhas e um de seus principais benefícios está na cobertura do solo, conforme explica o coordenador técnico de culturas anuais da cooperativa, Rafael Furlanetto, que acompanhou o Rally. “Há a formação de uma palhada muito intensa que vai, também, proteger o solo contra a erosão e proporcionar um sistema melhor para o desenvolvimento da cultura da soja”, explica. Também acompanhando a equipe, o agrônomo Francisco Ângelo Leonardi, da unidade local da Cocamar, complementa: “com seu sistema radicular vigoroso, a braquiária melhora o perfil do solo, recicla nutrientes e diminui a compactação”.

MÉDIAS – Na última safra de soja (2016/17), os Lonardoni colheram média de 166 sacas por alqueire (68,6/hectare) e estão finalizando a de milho no patamar de 240 sacas/alqueire (99/hectare). O trigo sofreu perdas devido a estiagem de mais de 60 dias. Se o clima tivesse ajudado, a previsão era colher ao menos 130 sacas/alqueire (53,7/hectare).

FUTURO – “Não podemos pensar no imediatismo”, frisa Fernando, explicando que, sob o ponto de vista de um produtor jovem, ele desfrutará das terras por muitos anos. “Se um jovem tiver atitudes e práticas sustentáveis, suas chances de permanecerem no negócio serão maiores”, conclui.

Com o filho, uma revolução na propriedade 

Em Cambé, o cooperado Milton Ariosi foi buscar no filho Leôncio, o Léo, de 34 anos, formado em engenharia de telecomunicação, o parceiro que precisava para dividir com ele a gestão da propriedade. Mesmo há apenas dois anos do dia a dia da fazenda, Léo não apenas aceitou o desafio como recebeu carta branca para, ao lado do pai, promover uma verdadeira revolução tecnológica na propriedade, por meio da agricultura de precisão.

RECEPTIVO – Milton conta que de cinco anos para cá houve uma estagnação na produtividade de soja. “Eu, que sempre tive uma média superior a da vizinhança, comecei a patinar”, creditando isso, em parte, à compactação do solo. Para enfrentar o problema, a Cocamar o orientou a adotar o cultivo de braquiária em consórcio com milho, no inverno. Receptivo, Milton começou a fazer o consórcio e diz que só viu vantagens: “amoleceu o solo e, no ano passado, que foi muito chuvoso, quem tinha braquiária não sofreu com a erosão”. O produtor ressalta que o capim, além de não prejudicar a produtividade do milho, ainda gera economia por manter a área livre de ervas invasoras.

PRECISÃO – Mas a tendência da propriedade é continuar evoluindo e, também, por causa das iniciativas do filho Léo, que colocou em andamento um bem planejado projeto de agricultura de precisão. “Procurei me interessar pelo assunto e fui atrás”, diz Léo, que somou o conhecimento de sua formação profissional a cursos especializados nessa área. Baseando-se nos mapas de produtividade gerados pelas 3 colheitadeiras, começou a fazer a coleta de solo, para análise, em grid de 3 hectares. Em paralelo, toda a fazenda é acompanhada por satélite, o que possibilita visualizar com rapidez, por exemplo, onde há lavouras mais secas, fator que pode alterar a estratégia de colheita. “Na geada que atingiu o milho, neste ano, vimos a mancha exata onde geou”, assinala. Há também um drone, usado para observação dos trabalhos, que se incorporou rapidamente à gestão da fazenda. Contudo, segundo Léo, o objetivo é chegar logo a um vant (veículo aéreo não tripulado), por ser mais rápido e oferecer todas as informações em infravermelho. “De qualquer forma, o drone é um instrumento importante para o monitoramento da lavoura, ampliando o nosso campo de visão e ajudando-nos a localizar manchas na lavoura”, frisa o engenheiro.

PRÓXIMA SAFRA – O pai Milton, cuja família também veio do café, lembra que antes das tecnologias de precisão, eram feitas amostragens de solo, mas os resultados não apareciam. “Agora, nossas decisões são tomadas de maneira assertiva e muito focadas”, afirma. Segundo Léo, a adubação da safra de soja 2017/18 será feita inteiramente com base nos mapas. “Nosso objetivo é, a cada ano, ter mais exatidão de informações”, finaliza. A família é assistida, nas lavouras, pelo agrônomo Gustavo Martins, da unidade da Cocamar em Cambé.

Iniciativas que facilitam a vida e trazem resultados 

Também visitado pelo Rally, o produtor Paulo Roberto da Silva, de Rolândia, calcula que a produtividade do trigo prestes a ser colhido, fique ao redor de 100 sacas por alqueire (41,3/hectare). Se confirmada, será de 40 a 50 sacas a menos que o estimado, por conta da estiagem. Na última safra de soja, a média de Paulo foi recorde: 166 sacas por alqueire (88,5/hectare).

FACILITOU A VIDA – A exemplo da família Lonardoni, da qual é vizinha e parente, Paulo costuma fazer adaptações de tecnologias em suas máquinas e equipamentos, fruto de observações e experiências. “Já fizemos muita coisa que facilitou a nossa vida”, diz o produtor. O que mais gosta de mostrar é o rolo-faca, um implemento que é acoplado ao trator e utilizado para manejar os restos da lavoura anterior e, com isso, facilitar o plantio direto. “O rolo-faca é o tipo do negócio que sai caro se for comprado e é usado somente durante alguns dias do ano”, cita. O que ele possui foi sendo montado aos poucos, nas horas vagas, utilizando materiais disponíveis e a um custo que, garante, “ficou baixo”.

ESPAÇAMENTO DIFERENTE – Quem também procurou aplicar suas observações e colher resultados que hoje são reconhecidos pelos técnicos, é o produtor Nélson Aparecido Barreiro, de Rolândia. Em seu sítio, onde faz rotação de culturas, ele produz grãos e laranja. A novidade é que Nélson desenvolveu um sistema de plantio no consórcio milho e braquiária com espaçamentos diferentes: são 2 linhas paralelas de 45 cm de distância, ao lado de linhas de 90cm. De acordo com o produtor, isto otimizou o maquinário, pois não é preciso mexer na plantadeira. “Antes eu fazia só o espaçamento de 90cm, mas agora vejo que ficou melhor, não há perda nenhuma de produtividade de milho, temos muita cobertura e as vantagens são maiores”. Aliás, Nélson não pode reclamar da produtividade. Sua média no milho recém-colhido foi de 282 sacas/alqueire (116,5/hectare) com pico de 303/alqueire (115/hectare).

 

Leia mais

1° Pescaria Spraytec Paraguai

Spraytec Paraguai realiza a 1° Pescaria em Ayolas, Misiones/Paraguai em parceria com a Semilleria Agro Santa Rosa, que é um dos maiores clientes com exclusividade Spraytec da região.

A pescaria foi coordenada pelo RC Marcelo Maffini, que acompanhou o evento juntamente com mais de 30 produtores da região e que são clientes da Agro Santa Rosa.

Leia mais

Rally Cocamar Bayer e Spraytec produtividade

Na região de Londrina,
colheita de soja segue
em ritmo acelerado.

Na semana passada, equipe visitou produtores em Rolândia e Arapongas; quem
achava muito quando ouvia falar em 200 sacas por alqueire, agora não tem
dúvidas e já mira patamares mais elevados.
Clima favorável e emprego das melhores tecnologias para produzir bem. A soma
desses dois fatores está levando à maior safra de soja na história do
Paraná, onde a colheita segue em ritmo acelerado.

Depois de visitar produtores nas regiões de Umuarama, Cianorte, Paranavaí e
Maringá, onde os trabalhos já foram praticamente finalizados, a equipe do
Rally Cocamar Bayer e Spraytec de Produtividade passou na semana passada por
municípios próximos a Londrina, onde até a sexta-feira (10-3), cerca de 60%
das lavouras já haviam sido colhidas.

MÉDIA DISPAROU – Em Rolândia, a propriedade da família Bizetto, que fica na
Água do Jaborandi, é cuidada pelos irmãos José Carlos, Geraldo, Osmar,
Osvaldo e o cunhado Pedro. Há três anos, eles haviam conseguido a maior
produtividade de soja, de 143 sacas por alqueire. No ano passado, devido ao
excesso de chuvas na colheita, a média caiu para 128. Mas na atual
temporada, os números dispararam: 175 sacas por alqueire. “É o nosso
recorde”, destaca José Carlos. Os Bizetto são orientados pelo engenheiro
agrônomo Francisco Ângelo Leonardi, da unidade da Cocamar em Rolândia.

A boa produtividade não veio só por que o clima ajudou. “A gente vai atrás,
participa de eventos técnicos para ver o que é possível melhorar”, afirma
José Carlos, que ressalta principalmente a evolução dos materiais genéticos
nos últimos anos.

Em outra frente, a família ampliou a frota de colheitadeiras para três
unidades, todas da marca John Deere. “Tínhamos uma antiga e outra mais nova.
Agora, adquirimos uma zero, que agiliza ainda mais a colheita”, comenta o
produtor.

IR MAIS LONGE – Depois de alcançarem o patamar de 175 sacas por alqueire, os
Bizetto não deixam por menos e já pensam em ir mais longe. “Quando a gente
ouvia falar em 200 sacas por alqueire, achava meio exagerado, mas vimos que
é possível chegar lá”, afirma José Carlos, salientando: neste ano, foram
atingidos picos de 210 sacas por alqueire em alguns talhões.

Pelo terceiro ano, a família faz o consórcio de milho de inverno com
braquiária, prática que é preconizada pela Cocamar, para a proteção do solo
com palha. “Onde tem palha, deu diferença, colhemos mais”, garante o
produtor.

PROTEGIDO – Coberto de palha, o solo permanece relativamente fresco e úmido
por mais tempo, protegido dos raios solares. Da mesma forma, fica menos
vulnerável à ação de chuvas fortes. Mas a braquiária apresenta outros
benefícios, segundo a cooperativa: o enraizamento da planta ajuda a combater
a compactação, há maior reciclagem de nutrientes e a palha inibe o
desenvolvimento de ervas invasoras.

Quem arrenda, tem que produzir

A família Gellert cultiva uma série de lotes arrendados pelo município. Para
eles, aumentar a produtividade é uma exigência e, na safra 2016/17, os
números estão sendo considerados bons, ao redor de 150 sacas por alqueire.
Desse total, deduzem o valor pago ao proprietário das terras e, também, as
despesas com a lavoura.

“Época de colheita, para nós, é uma correria muito grande”, diz Cristian,
filho do produtor Martin Gellert. “Quando a gente arrenda uma terra, é como
se fosse nossa, tem que fazer o melhor para produzir bem, não temos outra
alternativa”, observa Cristian.

No inverno, os Gellert plantam 70% com trigo, em sistema de rotação, e o
restante é milho.

Cristian explica que a distribuição das propriedades arrendadas por diversas
glebas, no entorno da cidade, faz com que sejam necessários cuidados
específicos para cada qual, como o escalonamento dos plantios. Os Gellert
possuem maquinários e caminhões próprios, mas, mesmo assim, para dar conta
do intenso fluxo durante a colheita, recorrem também a prestadores de
serviços. No ano passado, o escalonamento acabou salvando grande parte da
lavoura, uma vez que a chuvarada estragou apenas uma parte da colheita.

O Rally Cocamar Bayer e Spraytec de Produtividade viajou ao norte do estado
em companhia do coordenador técnico de culturas anuais da Cocamar, Rafael
Furlanetto. Na próxima sexta-feira (17), a equipe estará em Iporã, região
de Umuarama, onde participa, a partir das 9h30m, do Dia de Campo sobre
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) na Unidade de Difusão de
Tecnologias (UDT) local, da Cocamar.

Leia mais
Mandar mensagem!
Seja bem-vindo! Como podemos ajudar?!
Ao clicar no link, você será direcionado para a página do WhatsApp para ser atendido por nossa equipe.